CEP – Controle Estatístico de Processo
Quando falamos de CEP em linguagem de produção não estamos falando do famoso código de endereçamento postal usado pelos correios, e sim de Controle Estatístico de Processo.
A ferramenta foi criada na década de 20 por W. A. Shewhart e aprimorada na década de 40 por W. E. Deming e tem por finalidade desenvolver e aplicar métodos estatísticos como parte da estratégia de prevenção de defeitos, melhoria da qualidade de produtos e serviços e redução de custos.
Este método ganhou notoriedade durante a 2ª guerra mundial pela utilização na industrias bélica motivada pela necessidade de se produzir grande quantidade de armas sem a necessidade de inspecionar 100% dos produtos produzidos.
Imagine um produto que possui uma característica importante que pode ser mensurada em kg onde o cliente define por meio de uma especificação o peso deste produto.
Em um pedido qualquer um cliente especificou um total de 42 unidades de 1,000 kg cada uma, porém também deixou claro que não vai aceitar que o conteúdo ultrapasse 50 gramas tanto para mais como para menos, com isso temos a seguinte especificação:
– Especificação = 1,000 kg;
– Quantidade mínima = 0,950 kg;
– Quantidade máxima = 1,050 kg.
Em condições normais de produção existem variáveis que impedem que o produto seja exatamente conforme a especificação e chamamos de causas naturais de variação como:
– Vibrações, temperatura, umidade e condições ambientais;
– Desgaste natural das máquinas;
– Falhas na sistemática do processo, dentre outras.
Se realizarmos a pesagem de cada um dos produtos e classificarmos ele por meio de uma graduação na bancada de trabalho vamos notar uma característica comum onde o maior volume de peças está próximo a especificação e poucas peças estão nas extremidades dos valores criando um formato parecido com uma pirâmide mas que na verdade tem característica da distribuição normal que é a base do CEP.
Nas imagens notamos que existem duas peças de cada lado que não atendem a especificação, totalizando 4 unidades de 42 peças com defeitos, um volume relativamente elevado, e que pode estar sofrendo com causas não naturais de variação e que necessitam ser ajustadas ou eliminadas.
Se destacam como causas não naturais de variação: Variação de matéria-prima; Ajuste de máquina; Troca de turnos; Falta de habilidade e experiência do operador.
Desta forma podemos concluir que resolvendo as causas não naturais de variação podemos eliminar e reduzir os desperdícios ou produtos fora da especificação melhorando os resultados da organização, aumentando assim sua receitas com produtos bons e reduzindo as despesas com produtos ruins e eventuais consequências.
Os resultados e cálculos do método CEP são baseados na segmentação do modelo de distribuição normal onde considera-se que o processo está sob controle sempre que as causas de variação não ultrapassem 3 sigmas para mais e 3 sigmas para menos em relação a média ou especificação da engenharia ou cliente.
Em resumo desvios em relação a distribuição normal significa que estamos fazendo produtos ruins e desperdiçando recursos.
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